terça-feira, 18 de outubro de 2011

Luto piedoso.

Piedoso luto.
Caminhos avantes sobre espinhos devastadores.
Piedoso luto.
A vida virou as costas para ti oh triste alma.
Abraça o piedoso luto.
Para sempre é um tempo que a maldita imperfeição reservou para ti oh fraqueza.
Se cobre no piedoso luto.
O caminho percorrido por dias traiçoeiros não acabaram pela tua ingratidão.
O piedoso luto não fracassou.
Sombra que anda cansada sem saída.
Sombra ferida que só faz chorar.
Chora pelo piedoso luto.
O Luto nunca te deixou.
Luto.
Luto por teu luto.


Debra Roses Of  Blood.

Chuva sangrenta.

O céu se formou em nuvens de sangue.
Chuva sangrenta sobre a face da terra.
O céu em pranto.
Lágrimas de morte.
Um pesadelo real.
Indícios marcantes do mal.
O horror de uma vida longa de medo e dor.
Uma vida sem viver.
Almas sofridas.
Almas cruéis.
Almas corrompidas.
Eu as vejo,com meu medo.
Com a minha dor.
Vejo o mar de tortura a minha frente.
Vejo o céu desabar em lágrimas cruéis sobre mim.
Vejo a luz se alimentar de minha angustia.
Vejo o universo desabar e eu continuo viva por fora.
Viva sem ser vista.
Viva como a morte que é percebida.
Pois hoje a morte vem,e amanhã a morte se desfaz.
Como o vento que se vai...
Quem parte é ficado para traz.


Debra Roses Of  Blood.

Talvez amanhã.

Talvez amanhã eu encontre minha alma perdida por aí.
Entre sombras que não conheço.
Talvez amanhã me veja como alguém que tenha merecido viver de verdade.
Talvez amanhã eu possa dizer que conheci o amor.
Talvez amanhã eu nunca tenha conhecido o que é dor.
Talvez amanhã eu possa sangrar até a morte ao invés de você.
Talvez amanhã seja eu deitada sobre a terra fria.
Talvez amanhã seja eu a receber em meu túmulo flores e lágrimas reais.
Talvez amanhã seja eu a sofrer por seu amor.
Talvez amanhã eu possa esquecer de tudo o que  sei, e senti ao perde-lo.
Eu desejo esquecer.
Esquecer o que sou.
Esquecer do amor que o deixou.


Debra Roses Of  Blood.