sexta-feira, 29 de julho de 2011

Nua e serena.

Nua e serena.
Oh lua a contemplar dores.
Oh lua a qual seus olhos não fecham.
Lua que me ver hoje.
A mesma lua que presenciará o meu fim.
Lua bendita arranca de mim parte dessa
dor.
Liberta de mim essa doença.
O amor.
Que me faz sofrer e sentir dor.
Eu choro por que te vejo na minha escuridão.
Tão fria.
Tão quieta.
Tão eterna.
Sem coração.
Sem amar.
Eu te invejo bela lua.
Lua que ilumina perfeitamente a noite.
Meus olhos cansados já estão fechando.
Eu morrerei te contemplando.


Debra Roses Of Blood.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

É o fim.

É o fim.
O medo pulsa meu coração arfando.
É a dor.
É o frio na minha alma.
É o fogo massageando a minha pele.
Socorro!
É o que se ouve vindo das chamas.
Pecados sendo arrancados pelo fogo.
Blasfémias jorradas pelo ódio.
Almas de joelhos prostrados.
Implorando fim ao sofrimento.
Pobre crianças tolas.
Não há mais nada a fazer.
Apenas morrer e morrer e morrer.
Morrer e continuar vivo.
Morrer e não morrer.
Implorações a morte.
A morte não mais ouve.
Estamos ardendo no fogo.
Estamos queimando as pestes.
Queimando vidas.
Limpando feridas.
Pois já é o fim.


Debra Roses Of Blood.

Em cinzas.

Clama oh alma ferida.
Lamenta ao teu criador.
Recorre nas noites serenas.
Em vitupério a tua dor.


Vaga com a tua face fria.
Vaga com a tua face nua.
Oh canta sublime é teu canto.
Rogai a tua preciosa lua.


Chorai pois tão triste é o teu alegre.
Chorai a falsa grandeza da vida.
Fechai as portas do céu.
Andai na terra ferida.


Em galardão recolhe no vento as tuas
cinzas.
Em orgulho nega-te a doença do mundo.
Resguardai oh alma da mentira e do
medo.
Abre teus braços para a noite.
Volta ao teu abrigo profundo.


Lady Debra Roses Of Blood.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O guerreiro das sombras.

Ele veio do céu como um cavalo alado.
Bradejando com sua espada de fogo.
Em luta.
Em guerra.
Adorava a noite que encobria seus guerreiros da morte.
Seus olhos ardiam em ódio.
O bravo guerreiro das sombras.
A favor da morte que lhe traía.
O guerreiro de dor e ódio.
O guerreiro que se envolvia nos destroços
da vida.
E ria da podridão do mundo.
E ria da nação ferida que a si mesmo cortava.
O guerreiro era o mais vivo e seu choro o
mais alegre.
Por que o guerreiro via o mundo suicidar.
Vida por vida.
E o guerreiro da morte apenas a observava.


Lady Debra Roses Of Blood.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Horror e ilusão.

Ventos e trovões ressuscitam a minha
morte.
Como uma chuva fria que vem do norte.
A neblina mostra-me o caminho.
Atravessando o sangue de meus cortes.
Abraço o sepultamento da carne que
outrora foi vida.
A minha alma perdida no caminho da morte.
Outrora ajoelhei sobre a terra.
Sobre um impiedoso ato de humilhação.
A minha alma implorou aos Deuses.
Tira-me de tão grande aflição.
Traída pela triste vida,não me ouve receita
Não me ouve saída.
Meu corpo pouco a pouco em decomposição.
Mais vermes...
Mais mentira.
não há perdão.
Eu me levantei da terra.
Destinada a viver num mundo cheio de
horror e
ilusão.


Debora Roses Of Blood.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sem tardar.

Ao alvorecer de cada capítulo rabiscado
de minha vida deito na imensidão do deserto vigiando o norte a espera de que as areias frias me tragam mais do que as tuas tristes memórias.
Rabisco o chão martirizando meu próprio
sangue para ouvir você cantar.
Rogo ao que não me ouve mas eu prefiro
acreditar.
Que a dor é passageira e que breve é o
seu voltar.
Me passo por tola no mundo mas que não
me entende, nunca soubera o que é amar.
Pois é como a alma distante e um corpo
que não consegue se levantar.
É como a caminhada no horizonte e o nada
que ninguém consegue explicar.
Que os ventos me levem distante onde eu possa enterrar.
Tudo o que me mata e abrange.
Tudo que eu não quero citar.
Por que sou o silêncio que sofre bem longe
Que vive.
Que chora.
Que teme.
E não se tarda a esperar.


Debra Roses Of Blood.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Deitada ao alvorecer.

Chamas negras nos meus mais tenebrosos
sonhos.
Imagens,velhos reflexos de mim no
espelho.
A mais perfeita tristeza.
Toco levemente o que me separa da realidade.
Eu me escondo por que ainda continuo sangrando.
Nos meus olhos invento o amor por traz
de uma cortina onde se esconde a minha dor.
Deito ao alvorecer ainda a esperar aquele que carrega a minha alegria.
Me deleitarei em seus braços.
Voarei pelo céu.
Caminharei sobre o mar.
Da vida terei repouso.
Quando eu descobrir o que é amar.


Debra Roses Of  Blood.