quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mortal

Descansa em minha vida meu pobre mortal.
Na tristeza de ter ida.
No trajeto de cada dia.
Nos pedaços de cada sonho.
Sem orgulho.
Abre teus olhos a minha amada morte.
A qual eu devo toda a minha vida.
Entrega-me a tua vida.
Falece neste sono impuro.
Deita teu corpo fora.
bebe da taça perdida,esgotada de teu julgo.
Teu cheiro é suave.
Suave como gotas de orvalho caindo sobre os campos da terra.
Tua pele jaz pálida como a beleza de nossa lua.
E teu suspiro como o silêncio tumular dos que já dormiram.
Descansa em minha vida meu pobre mortal.
Agora jaz teu imortal.
dentro de mim.

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